Vide
A vila da Vide encontra-se no extremo Sul do concelho e é a freguesia mais distante da sede do concelho. Foi sede de concelho até 1834, passando para Loriga até este ser extinto em 1855, ano em que foi anexada ao concelho de Seia.
O seu povoamento remonta aos finais do Paleolítico Superior como comprovam as últimas descobertas arqueológicas realizadas no Verão de 2002. Foram descobertos pela arqueologia em 1998, e na sequência de estudos toponímicos realizados no âmbito do Núcleo de Góis da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica, núcleos de gravuras rupestres. As figuras rupestres situam-se nas Ferraduras, nos Carvalhinhos e nas Fontes do Cide e têm como motivos decorativos, círculos, motivos geométricos, covinhas, serpentiformes e linhas, devendo em traços gerais corresponder cronologicamente à Idade do Bronze.
Nesta freguesia pode-se visitar a igreja paroquial, com mais de 300 anos, as capelas do Calvário e da Nossa Senhora da Guia, fontes romanas, um cruzeiro, ponte romana, sobre a ribeira de Alvoco, e fornos comunitários.
Esta freguesia do concelho de Seia possui anexadas ao seu território 28 lugares: Abitureira, Baiol, Balocas, Baloquinhas, Barreira, Barriosa, Barroco da Malhada, Borracheiras, Carvalhinho, Casal do Rei, Casas Figueiras, Cide, Costeiras, Coucedeira, Fontes de Cide, Fradigas, Gondufo, Malhada Cilhas, Monteiros, Muro, Outeiro, Ribeira, Rodeado, Sarnadinha e Silvadal, Levadas, Obra e Chão Cimeiro.
Monumentos
Na freguesia de Vide foram encontrados três núcleos de gravuras rupestres que inauguram um novo conhecimento do património artístico e arqueológico local, numa área onde até ao momento tais manifestações eram inexistentes, ampliando, por tal, o seu significado.
Os três sítios (as Ferraduras, os Carvalhinhos e as Fontes do Cid) são estações de arte rupestre gravada.
Os motivos gravados são obtidos na sua maioria por picotagem e abrasão, com alguns exemplos também referenciados filiformes, todos apostos sobre afloramentos do manto de xisto – graváreis regional. Os painéis historiados são superfícies lisas ou algo enrugados, pouco alteados relativamente ao nível actual do solo, encontrando-se mesmo parte deles soterrados por escorrimentos de terras, que poderão ocultar outros motivos.
Estes três sítios rupestres têm um grande interesse arqueológico, antes de mais por se localizarem numa área onde até ao momento pouco vestígios de arte rupestre têm sido identificados. Mas igualmente por serem exemplos de sítios rupestres de feição pré-histórica e ou proto-histórica.
A tipologia dos motivos figurados, o seu ordenamento espacial e topográfico na audiência geomorfológica, bem como as suas técnicas de execução e a patina envelhecida, apontam para uma cronologia atribuível á pré-história recente (os Carvalhinhos e Fontes do Cid) ou mesmo á proto-história (as Ferraduras). Estas cronologias diferenciadas são-nos indicadas pelo tipo de representações que apresenta cada um dos sítios, bem como o seu ordenamento figurativo. O conjunto de Fontes do Cid é aquele que apresenta elementos de avaliação mais curiosos.
Pontos de interesse:
- Capela de S. Martinho
- Igreja Matriz
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